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As bases para a construção de uma relação enfermeiro-paciente sólida

Conheça as ações que podem fazer a diferença no tratamento do paciente e na carreira do enfermeiro

por Camila Luz

A maioria das profissões são institucionalizadas e orientadas por um código de ética, que deve ser seguido à risca pelos profissionais comprometidos a atuar em determinada carreira. Na Enfermagem, esse regulamento é considerado crucial, inclusive em questões associadas à relação enfermeiro-paciente, fator que estabelece, praticamente, a essência da profissão1.

Ainda assim, muitos enfermeiros sentem-se inseguros e com dúvidas sobre a melhor forma de cuidar e contribuir para o tratamento dos pacientes, além de se depararem, muitas vezes, com dificuldades para estabelecer um relacionamento de confiança e respeito. E, uma vez estabelecidos esses aspectos, o profissional da Saúde consegue obter sucesso em suas atividades2.

No entanto, os enfermeiros devem estar atentos não somente às normas, mas a outros fatores que irão auxiliá-los na construção de uma relação sólida e favorável entre ambas as partes3.

 

Ações a serem implementadas4:

  • Transmitir as informações por meio de uma linguagem verbal simples e clara;
  • Ter empatia;
  • Respeitar o lugar de fala do paciente;
  • Colocar-se à disposição para atender às demandas do hospitalizado;
  • Adotar uma linguagem não verbal amigável e respeitosa;
  • Passar confiança por meio da ação e da fala.

Ações a serem evitadas4:

  • Adotar atitudes agressivas;
  • Manter distanciamento ou ausência de contato verbal;
  • Linguagem verbal incompreensível, ocultando informações;
  • Não respeitar às crenças, cultura e à vontade do paciente;
  • Demonstrar despreparo frente a ações técnicas;
  • Desrespeitar a família do hospitalizado.

Outro elemento fundamental nesse processo é a família. Para que a relação entre enfermeiros e pacientes seja saudável e eficiente mutuamente, o profissional da Saúde precisa agir de maneira cuidadosa e competente também com a família do hospitalizado. Apesar de não ser o receptor direto das ações do enfermeiro, os familiares exercem uma importante influência no tratamento e até na tomada de decisão5.


O que dizem as leis da profissão1?

O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) lançou, recentemente, o livro de legislação da entidade, no intuito de orientar enfermeiros sobre a prática ética e legal da profissão, que deve ser aplicada no atendimento diário à população nas instituições de saúde. A publicação, além de difundir as principais normas e decretos que regulamentam a profissão, apresenta o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. No que se refere à relação enfermeiro-paciente, destacam-se as seguintes diretrizes:

Art. 38º: Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias à continuidade da assistência de Enfermagem.

Art. 39º: Esclarecer ao paciente, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de Enfermagem.

Art. 41º: Prestar assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza.

Art. 42º: Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu representante legal na tomada de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança, tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais.

Parágrafo único: Respeitar as diretivas antecipadas da pessoa no que concerne às decisões sobre cuidados e tratamentos que deseja ou não receber, quando estiver incapacitada de expressar, livre e autonomamente, suas vontades.

 

Referências:

  1. Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal. Legislação dos Profissionais de Enfermagem. Brasília: Coren-DF; 2018.
  2. Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterelização (Sobecc). Bases éticas do relacionamento enfermeiro-paciente [internet]. Acessado em: 11 out 2019. Disponível em: <http://www.sobecc.org.br/entrevista/7>.
  3. Gtt Healthcare. O que é um especialista em enfermagem clínica [internet]. Acessado em: 11 out 2019. Disponível em: <http://gtthealthcare.com.br/blog/index.php/enfermagem-clinica/>.
  4. Borges JWP, Moreira TMM, Silva DB et al. Relação enfermeiro-paciente adulto: revisão integrativa orientada pelo sistema interpessoal de King. Rev Enferm UFPE. 2017;11(4):1769-1778.
  5. Instituto Brasileira para Excelência em Saúde. Conheça os 4 conceitos que sustentam a relação do enfermeiro com família do paciente [internet]. Acessado em: 11 out 2019. Disponível em: <http://www.ibes.med.br/conheca-os-4-conceitos-que-sustentam-a-relacao-do-enfermeiro-com-familia-do-paciente/>.