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Mensurando a produtividade nos hospitais: um olhar no passado em prol do futuro

Saiba como a mensuração de resultados pode impactar na gestão de hospitais e clínicas e o que você deve saber para exercê-la

Por Lívia Siqueira

 

Vivemos em uma era cada vez mais globalizada e tecnológica, que altera, constantemente, a relação entre indivíduos e nos traz diversas mudanças. Sob a ótica organizacional, isso tem aumentado e tornado a concorrência entre empresas ainda mais acirrada. Nesse contexto, ter uma boa gestão torna-se um diferencial muito importante. Mas isso também se aplica no âmbito da Saúde?

Apesar de parecer uma ideia um pouco distante por envolver a vida humana e muitas outras questões éticas, as clínicas e os hospitais privados ainda são considerados negócios. Por isso, é necessário que sejam bem administrados1.

No Brasil, em algumas situações, os serviços de saúde sofrem árduas críticas, principalmente pela falta de investimento, por um atendimento precário2, pela distribuição inadequada de serviços e pela baixa capacidade gerencial3. Nesse cenário de desafios, uma das alternativas adotadas pelos gestores é aumentar a produtividade. Mas essa solução tem um alto custo para os hospitais2 e, por isso, precisa ser analisada e acompanhada com atenção.

 

Como medir essa produtividade1?

Medir a produtividade é o que irá definir a situação atual do hospital e o que deve ser feito para manter a qualidade ou melhorar os serviços, as instalações e as condições de trabalho. Para isso, são necessários dois itens: a métrica e o dado. A métrica é a forma utilizada para fazer a avaliação. Pode ser uma pesquisa de opinião na qual os usuários sejam convidados a dar uma resposta objetiva pelos serviços prestados – bom, regular ou ruim, por exemplo –, pode ser a média do tempo gasto para atendimento ou a taxa de resolução de um determinado problema.

A produtividade será o resultado da comparação da métrica estabelecida com o dado adquirido após um determinado tempo de coleta. A partir daí é que o gestor definirá qual estratégia será necessária para aumentar ou melhorar a qualidade dos serviços.

Em geral, quando falamos sobre mensuração de resultados e ações para mudar o que não for eficiente, acabamos tocando na questão financeira. Fazer uma reforma, comprar equipamentos novos, contratar mais funcionários, dar treinamentos, instalar novos sistemas. Tudo isso, ainda que visando a benefícios para o hospital, é entendido como gasto para os gestores.

Mas isso não precisa ser associado a algo negativo. Funcionários bem treinados produzem mais e melhor. Ter um bom sistema agiliza várias atividades cotidianas. Reformas e equipamentos são necessários para manter a impressão de qualidade transmitida aos pacientes. Na maioria das vezes, esses investimentos podem, na verdade, representar redução de custos no final do mês.

 

O que deve ser levado em consideração para avaliar e mensurar os resultados?1

Praticamente tudo pode ser avaliado. E, para auxiliar nesse trabalho, existem alguns indicadores, que são parte essencial da mensuração de qualidade. Confira abaixo:

  • Média de permanência: relação numérica entre o total de pacientes-dia em determinado período, e o total de doentes saídos;
  • Índice de renovação ou giro de rotatividade: estabelecimento entre o número de pacientes saídos (altas e óbitos) durante determinado ciclo e o número de leitos postos à disposição dos pacientes, no mesmo período. Representa a utilização do leito hospitalar durante o tempo considerado.
  • Índice de intervalo de substituição: período médio em que um leito permanece desocupado entre a saída de um paciente e a admissão de outro.
  • Relação funcionários por leito: incluindo médicos, enfermeiros e todos os outros profissionais necessários para manter o leito operante.

 

Esses indicadores são baseados nos propostos pelo Ministério da Saúde e são dados que os hospitais devem coletar. Entretanto, quaisquer outros indicadores que a administração julgar importantes devem ser usados para a análise e para a tomada de futuras ações que visem à manutenção ou ao aumento da produtividade.

 

Referências:

  1. Gtt Healthcare. Produtividade nos hospitais privados: veja como mensurar [Internet]. Acessado em: 27 set 2019. Disponível em: http://gtthealthcare.com.br/blog/index.php/produtividade-hospitais-privados-como-mensurar/.
  2. Bittar OJN. Produtividade em hospitais de acordo com alguns indicadores hospitalares. Rev Saúde Pública. 1996;30(1):53-60.
  3. Vignochi L, Gonçalo CR, Lezana AGR. Como gestores hospitalares utilizam indicadores de desempenho? ERA FGV-EAESP. 2014;54(5):496-509.